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As 3 Classes de Pessoas: O Indiferente, O Engajado, O Comprometido

Em minha experiência pessoal e profissional, pude observar que há, de maneira geral, três classes de pessoas que passam por nossas vidas: 


  1. O Indiferente;

  2. O Engajado;

  3. O Comprometido.


De fato, podemos desenvolver estes conceitos considerando praticamente todas as situações relacionais, porém, neste artigo, procuraremos dar a ênfase nas relações profissionais.


 1. O Indiferente

Dizem que o contrário de amor é o ódio, porém acredito que a falta de amor ocorre pela indiferença. Quando somos indiferentes, ou de forma mais "politicamente correta", quando somos neutros a uma situação, não nos importamos com o outro, ou seja, para nós se aquele/a pessoa estiver passando por alguma dificuldade ou necessidade, simplesmente a/o ignoramos.

Da Teologia aprendemos que Deus nunca nos abandonou e nunca foi indiferente a nós. Por isso podemos dizer que Deus sempre nos amou, desde a criação do mundo. E a partir da ótica Judaico-Cristã, podemos afirmar também que agir com amor é levar em consideração de que o próximo é um ser humano tanto quanto nós somos, e portanto, todos temos direito de viver em plenitude e com dignidade.

Façamos uma reflexão em conjunto: No ambiente de trabalho, quantas cenas observamos, seja presencial ou virtualmente, de discussões entre equipes ou cobranças entre líderes e liderados, e que simplesmente por "não nos afetar" apenas ignoramos, deixamos de lado, assim como fazemos com os inúmeros irmãos e irmãs em situação de vulnerabilidade que fingimos não existir quando passam pelas janelas de nossos carros?

A indiferença mata. A indiferença nos torna individualistas. A indiferença nos faz desumanos.


2. O Engajado

Ouvimos nos últimos anos de diversos gurus, coaches, mentores de carreira, profissionais de RH e líderes em geral, que um dos grandes desafios das empresas era promover a cultura do engajamento e para isso deveríamos desenvolver a soft skill de Empatia.

Empatia é a competência que nos faz "colocar-nos no lugar do outro", ou seja, procurar entender o que o outro está passando e solidarizar-se. Porém, somente a empatia não nos leva a agir.

Se, para ajudar o próximo, a minha ação estiver dentro das minhas responsabilidades, eu a farei. Porém, se para auxiliar eu tiver que exceder as minhas reponsabilidades e assumir mais compromissosnão dou o próximo passo, não ultrapasso os meus muros individuais... eu apenas "entendo o que ele/ela" está passando e me solidarizo com palavras.

O engajado leva-nos a lembrar da piada de um porco e uma galinha que desejam abrir um restaurante. Antes de escolherem os pratos a serem oferecidos, concordam em definir primeiramente o nome do restaurante. A galinha sugere como nome "O Rei do Torresmo". O porco nega pois em um restaurante de torresmo a galinha estaria apenas engajada e o porco comprometido.


3. O Comprometido

Se estivermos conectados com o próximo de maneira verdadeira, não nos importaremos em estender a mão, mesmo que estejamos sobrecarregados ou que a ação não seja de nossa responsabilidade direta. 

Ser comprometido é levar-nos a ação que auxilia o próximo. Ser comprometido é entender que em uma organização todos estamos em um mesmo barco e dependemos uns dos outros para realizar uma tarefa.

Exemplo: Vamos imaginar que sejamos um gerente de área que possui uma vaga em aberto, e que aguarda o time de RH realizar a qualificação prévia dos candidatos para iniciar as entrevistas na semana seguinte. Necessitamos contratar logo o profissional pois temos um projeto que necessita iniciar com urgência.

Ao perguntar para o analista de RH responsável se ele conseguirá terminar as avaliações até o final da semana, ele se demonstra inseguro, aparenta estar com receio em responder, e no final diz que sim.

Como nos portaríamos?


  • Indiferença: Podemos ser indiferentes a expressão da pessoa, ao seu estado emocional, aceitar a resposta, virar as costas e em caso de descumprimento, expô-la perante a organização. Cobrá-la incessantemente afinal ela não está cumprindo com as suas responsabilidades e somos gerentes!

  • Engajamento: Podemos perguntar se ela está bem. Estamos engajados com o processo de contratação da companhia. Neste momento, ao questionarmos a pessoa ela responde que está preocupada com o prazo, pois não está conseguindo consolidar as informações e se organizar pois teve que faltar alguns dias por motivos de saúde. Somos empáticos, e falamos para o líder dela a ajudar a cumprir os prazos.

  • Comprometimento: Ouvindo sua situação e entendendo que é um risco latente as entrevistas não iniciarem na semana seguinte e consequentemente, haver atraso na contratação e posteriormente impactos no projeto, oferecemos fazer a seleção prévia, afinal temos competência para isso e estamos na mesma organização. Se o projeto tiver problemas, será a empresa impactada como um todo, independentemente do departamento que trabalhamos. Nos deslocamos em direção ao outro. Mais do que estendermos a mão, oferecemos a mão para o trabalho. 


Espero que este artigo possa fazê-los refletir e que possamos tornar nossos ambientes de trabalho mais relacionais, fraternos e humanos.


Assim, faremos nossos ambientes de trabalho cada vez melhores!


Até o próximo artigo.


Abraços Digitais.


 
 
 

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